Prof. Gianluca Gambarini – Itália / CIOSP 2012
Professor tempo integral e chefe do depertamento de Endodontia na Universidade de Roma, La Sapienza – Dental School. Vice diretor da Dental Hygienist School da Universidade de Roma, La Sapienza – Dental School. Autor de 450 artigos científicos, três livros e vários capítulos em livros de Endodontia
Escrito pelo Dr. Guilherme Rodrigues
Tópicos abordados:
1. Importância da visão tridimensional do dente a ser tratado através dos exames de tomografia que, ao contrário da radiografia periapical, nos possibilita a imagem em apenas 2 dimensões. Com o auxílio dos cortes tomográficos, podemos observar melhor as curvaturas, e ter uma idéia do formato do canal radicular, em um corte transversal, podendo observar achatamentos e o formato do forame apical, que na maioria dos casos não é circunferencial, mas sim elíptico.
2. Necessidade de um correto acesso e preparo cervical, que nos possibilitará um acesso mais direto possível ao forame apical.
3. Importância e utilização do localizador apical, aparelho que ele considera altamente confiável e que, em caso de discrepância entre as medidas obtidas nos exames radiográficos e a medida obtida no localizador, ele prefere confiar na medida do localizador.
4. Ressaltou a importância da radiografia de confirmação de odontometria, mas não com o objetivo puramente de confirmar a odontometria, mas com o objetivo principal de, com a lima em posição no interior do canal radicular, obter mais informações sobre a anatomia e curvatura dos canais radiculares.
5. Ressaltou a importância das soluções irrigantes nos canais radiculares, principalmente os elípticos, visto que os instrumentos utilizados atualmente, com formatos circulares, ficam impossibilitados de trabalhar corretamente em todas as paredes dos canais radiculares.
6. Citou ainda a correta seleção do instrumento inicial compatível com o diâmetro do forame apical.
7. Salientou que, em um canal infectado, o nível de penetração da maioria das bactérias e suas toxinas condiz com o potencial de alcance tanto do hipoclorito de sódio 6% quanto ao da clorexidina 2%.
8. De acordo com o seu protocolo, ele dá preferência ao hipoclorito 6% pelo diferencial de ter a capacidade de dissolução tecidual. Indica ainda o seu uso na forma de irrigação final passiva ativada com o uso de ultrassom, durante 3 minutos.
9. Explicou também que o Hipoclorito de Sódio e o EDTA 17% apesar de um dissolver a parte orgânica da dentina e outro trabalhar em sua parte inorgânica, não deve ser utilizados simultâneamente, pois uma substância inativa a outra.
10. Defende a utilização da obturação termoplastificada como a maneira eficiente de preenchimento do conduto radicular em três dimensões. Utilização de System B. Apesar de não citar o surplus, pode-se observar a formação de vários botões apicais e preenchimentos de canais laterais.
11. Não citou e também não houve questionamento sobre a utilização de hidróxido de cálcio, levando a concluir que não faz parte do protocolo dele.
12. Citou ainda a importância da blindagem dental. O termo “blindagem” não foi utilizado, mas ele salientou a importância de estudos que mostram que dentes tratados endodonticamente com ausência ou deficiência em suas respectivas restaurações, tendiam ao insucesso.
13. Para concluir, fiquei muito feliz em observar durante a palestra, a citação de dois mestres e amigos, Kazuzo Okino Neto e Edson Miyasaki.